Trabalho em equipe nos torna mais inteligentes!
De acordo com um estudo publicado pela revista “Proceedings of the British Royal Society”,
o grande responsável pelo desenvolvimento do cérebro humano pode ser a
cooperação e o aprendizado adquirido com o trabalho em equipe.
Se
comparado com seus antecessores na evolução, o homem de hoje tem um
“cérebro gigantesco”, uma questão que os estudiosos nunca conseguiram
explicar.
Através deste estudo, irlandeses e escoceses, concluíram que “para
sobreviver o ser humano precisou cooperar com seus semelhantes e,
portanto, precisou se dotar de um cérebro suficientemente grande para
navegar na complexidade das relações sociais”.
Para este
estudo foi projetado um “modelo informático” capaz de reproduzir o
cérebro humano, onde os neurônios foram capazes de “evoluir”,
respondendo a desafios sociais.
Este cérebro foi submetido a dois
tipos de cenários: o primeiro trazia dois indivíduos detidos pela
polícia, escolhendo se acusavam ou não seu cúmplice. Já no segundo,
haviam dois indivíduos presos em um carro coberto por neve, porém
deveriam decidir se se uniam para sair daquele local ou se simplesmente
deixavam o outro fazer tudo…
Nos dois casos um dos participantes
optava por obter mais benefícios sozinho, o que fez com que os
pesquisadores percebessem que quanto mais a pessoa cooperava, mais seu
cérebro tendia a evoluir.
“Com frequência cooperamos dentro
de grandes grupos de indivíduos que não se conhecem e isso exige
capacidades cognitivas para determinar quem está fazendo o que e para
ajustar nosso comportamento em função disso”, disse Lucas McNally, um dos responsáveis pela pesquisa.
“Se
você coopera e eu sou enganado, na próxima vez você pode dizer: ‘ele
enganou da outra vez, e por isso deixo de cooperar com ele’. Devemos
cooperar para poder seguir nos beneficiando da cooperação. A mudança
para sociedades mais cooperativas, mais complexas, pode levar à evolução
de um cérebro maior. E com o aparecimento de níveis de inteligência
mais elevados, constatamos que a cooperação vai muito além”, concluiu McNally.
Concluindo,
o trabalho em equipe e a potência cerebral estimulam uns aos outros,
porém o antropólogo Robin Dunbar afirma que há limites para esta
cooperação. “O tamanho atual de nosso cérebro limita o tamanho da
comunidade com a qual podemos interagir, aquela a qual sentimos que
pertencemos”, disse em entrevista.
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